RC escala infantaria para fustigar Maranhão, pedir cargos do PMDB de volta e forçar rompimento
O senador José Maranhão já compreendeu o que está acontecendo. E tem revelado a alguns interlocutores: o governador Ricardo Coutinho esperava que o PMDB assumisse a condição de coadjuvante na disputa pela Prefeitura de João Pessoa e, como o partido resiste em ser, ele espera pelo rompimento. Mas, não quer assumir o ônus.
Então, o governador escala prepostos, uma espécie de infantaria que vai à frente do campo de batalha para fustigar o adversário e obrigar que ele venha para o embate. Porém, como dito, não quer assumir o ônus. Por isso, ele espera que, em algum momento, aborrecido com as estocadas, o PMDB saia a campo e assuma a responsabilidade pelo rompimento.
O governador tem pressa. Nas últimas 24 horas, ele escalou, pela ordem o secretário Luís Torres (Comunicação) e o deputado Tião Gomes, presidente do PSL, para abrirem fogo. O discurso muda um pouco, mas o objetivo é o mesmo: constranger o PMDB a ponto de o partido romper a aliança com o PSB. Mas, deixando o discurso de que a culpa do rompimento não foi dele, o governador.
E, finalmente, como não pega bem um governador ficar cobrando cargos dados ao PMDB, novamente seus prepostos assumem esse papel. Resta saber como o partido irá se comportar: se vai entregar os cargos ou não.