Prisão de ex-ministro Paulo Bernardo é um duro golpe ao PT
A verdade é que a prisão do ex-ministro Paulo Bernardo, nos Governos Lula (Planejamento) e Dilma (Comunicações) trouxe um combustível de grande poder incendiário, num momento delicado que o País atravessa, especialmente o PT. Inclusive por ser esposo da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), uma das mais combativas militantes contra o impeachment de Dilma.
Por isso, o Brasil despertou sobressaltado com mais essa operação da Polícia Federal que, além de prender Bernardo, também atingiu o ex-ministro Carlos Gabas (Previdência), o ex-tesoureiro do PT, João Vacari, outro ex-tesoureiro do partido, Paulo Ferreira, que é marido da ex-ministra Tereza Campelo (Desenvolvimento Social) no Governo Dilma, e o secretário Valter Correia (Gestão) do prefeito Fernando Haddad, em São Paulo.
Se a operação anterior mirou a cúpula do PMDB, pegando Renan Calheiros, Romero Jucá, Eduardo Cunha Lima e José Sarney, a Operação Custo Brasil foi dirigida claramente ao PT. E ficou ainda mais evidente quando os policiais federais foram à sede do partido, em São Paulo, para apreensão de material, inclusive os computadores.
Segundo a PF, a Operação Custo Brasil, visar apurar o pagamento de propina em contratos de prestação de serviços de informática no valor de R$ 100 milhões, entre os anos de 2010 e 2015, a pessoas ligadas a funcionários e agentes públicos ligados ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG).