Risco de ficar isolado leva RC mandar emissários a Maranhão pedindo apoio uma semana após humilhar o PMDB
O afunilamento da definição de composições em João Pessoa tem agitado os bastidores da disputa. Não é novidade que o PMDB do senador Zé Maranhão e o PSDB do senador Cássio Cunha Lima têm afinado posições com uma possível aliança em torno da reeleição do prefeito Luciano Cartaxo. Com duas consequências importantes.
Toda eleição tem sua própria história, mas uma composição ampla assim pode decidir o jogo eleitoral em João Pessoa. Seria praticamente impossível a candidata do governador, Cida Ramos, superar esse conjunto de forças. Depois, uma aliança envolvendo PMDB, PSDB e PSD deixa o governador muito isolado politicamente, inclusive para 2018.
Enquanto esse ajuntamento passaria a ter nomes de peso como Maranhão, Cássio, Manuel Júnior e Cartaxo para uma chapa majoritária daqui a dois anos, ao governador restariam apenas o PT (que o próprio RC hoje renega), o DEM de Efraim Morais e o PSB. Um agrupamento que pode não garantir sequer uma eventual eleição de RC ao Senado.
Então é fácil compreender todo o afã do governador em tentar atrair de volta o PMDB de Maranhão, poucos dias depois de ter humilhado o partido, com o rebaixamento do único secretário (Laplace Guedes) que tinha em seu Governo. Não são poucos os interlocutores escalados pelo governador para tentar convencer Maranhão a esquecer de tudo e votar com a candidata do governador.
O último deles, por exemplo, foi o deputado Hervázio Bezerra. Mas, pelo menos até a noite desta segunda, sem muito sucesso.