Áudio com empresário preso pela PF revelando esquema de propina em Patos vaza na Internet
Patos está novamente em pé de guerra. Primeiro, com a prisão do empresário José Aloysio da Costa Machado Neto, que se encontrava foragido. Depois, com um áudio que vazou na Internet, em que fica evidente o esquema de desvio de dinheiro público da Prefeitura. No áudio, até o deputado Hugo Motta é citado pelos suspeitos de integrar o esquema.
No áudio, em poder do Ministério Público Federal (pelo que se comenta na cidade), uma pessoa chamada Claudio fala com Aloysio sobre o que teria acertado (propina de 15%) com o secretário Dineudes Wanderley. Aloysio admite saber, mas que tem 1,5% que Aloysio Junior deu a um certo Madson. Aloysio afirma que o valor que saiu foi de R$ 21.700,00, mas que cobra em cima de R$ 22.000.00, para colocar em cima desse valor e pergunta quanto dá. O áudio é um longo diálogo expondo o modus operandi do esquema.
O suposto esquema envolve obras com emendas do deputado Hugo Motta e também intervenções realizadas em Patos na gestão de Nabor Wanderley e Chica Motta. A mãe de Hugo, Ilana Motta, como se sabe, já foi levada para prestar depoimento na primeira fase da Operação Desumanidade, sob suspeita de envolvimento no esquema. Ela foi secretária de saúde da cidade e exerceu o cargo de chefe de gabinete da prefeitura.
Operação Desumanidade – A 1ª fase da Operação foi realizada no inicio de dezembro de 2015 para apurar fraudes na contratação de empresas de construção que atuavam em prefeituras do Sertão paraibano. As investigações constataram que licitações de saúde e educação eram direcionadas a determinada empresa que funcionava como fachada para encobrir ilegalidades na execução das obras.
O esquema ocorreu em, pelo menos, treze obras de engenharia no município de Patos, sendo onze unidades básicas de saúde, uma academia de saúde e uma quadra poliesportiva coberta, em três contratos firmados nos anos de 2014 e 2015.
A Controladoria apurou que, de cerca de R$ 3 milhões de recursos federais fiscalizados, foi identificado prejuízo de mais de R$ 800 mil. Houve irregularidades, como: indícios de não recolhimento dos encargos sociais, superfaturamento, pagamento por material não adquirido e por serviços não executados, além de direcionamento de processos licitatórios. Mais em https://youtu.be/vbP2TMmIjDA.
Confira a íntegra do áudio…