“Paraiba deve perder para Pernambuco toda logística de distribuição de combustíveis”, alerta Sindipetro
A denúncia é Omar Aristides Hamad Filho, presidente do Sindipetro (Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e Derivados de Petróleo): a Paraíba deve perder para Pernambuco toda logística de distribuição de combustíveis nos próximos dias, “caso nenhuma providência seja tomada para dotar o Porto de Cabedelo de infraestrutura necessária para a atividade de cabotagem de granéis líquidos”.
Omar apela, mais uma vez, para o governador Ricardo Coutinho adotar providências imediatas, antes que seja tarde. E lembrou que “o Porto de Cabedelo já perdeu dois terços das operações de importação e cabotagem de produtos derivados de petróleo e a expectativa é que todo o processo de distribuição seja transferido para o Porto de Suape, em Pernambuco”.
Dados – Segundo Omar, o Porto de Cabedelo, responsável por um movimento mensal de 70 mil toneladas de granéis líquidos, nos últimos meses, passou a receber apenas uma média de 24 mil toneladas, ou seja, uma redução de quase 80% na movimentação, que foi transferida para Pernambuco: “Se nada for feito em termos de melhorias e adequações, perderemos toda a atividade para Suape em breves dias.”
Enquanto as autoridades do Estado pouco ou nada fazem para solucionar o problema, no vizinho Pernambuco, o Complexo de Suape vem se consolidando como um porto movimentador de granéis líquidos, desde a implantação da Refinaria Abreu e Lima (Rnest) em Pernambuco no final de 2014.
De janeiro a julho deste ano, a movimentação de petróleo cresceu 87,35%, na comparação com igual período de 2015, e o porto alcançou a marca de 2,7 milhões de toneladas movimentas nos sete primeiros meses do ano, ante os 1,4 milhão de toneladas do mesmo intervalo anterior.