Ex-presidente da OAS revela a Moro ter tratado diretamente com Gim e Vital Filho para barrar a CPI da Petrobrás
Agrava-se o quadro clínico do ex-senador e atual ministro Vital do Rego (Tribunal de Contas do Estado). Segundo O Estadão, em depoimento ao juiz Sérgio Moro, o ex-presidente da OAS, Léo Pinheiro, revelou toda a “metodologia usada em 2014 pelos então senadores Vital do Rêgo e Gim Argello (PTB-DF) para barrar as investigações da CPI da Petrobrás”.
Pinheiro disse: “Tinha propositadamente as datas de reunião, por exemplo. Só votava requerimento de depoente a cada 15 dias. Reunião para escolha de temas passava por um outro processo postergatório. Eram quatro temas, no plano (de trabalho) ele chama de quatro eixos. RNEST (Refinaria de Abreu e Lima, investigada na Lava Jato e alvo da CPI), por exemplo, que tem a ver conosco.”
E mais: “RNEST era um eixo, então, para que o assunto RNEST voltasse, se ele foi para uma reunião, demorava 45 dias.” Segundo o empreiteiro, retardar a investigação envolveu ajustes no calendário da CPI: “A CPI tem um calendário que pegava dois recessos parlamentares. O do mês de junho e o do final do ano, que acabou encerrando com recesso.”
E arremata: “Isso tudo, eu vou usar a palavra, mas não sei se ela é correta, me perdoe, mas inteligentemente traçado isso e com alguns feriados para que não houvesse reuniões. Eu tratei disso juntamente com o senador, presidente da CPI, Vital do Rêgo, e com o senador Gim. Eles me mostrando esse calendário.”
Vital – O ministro Vital enviou nota, através de sua assessoria, rebatendo: “O ministro informa que jamais negociou, com quem quer que seja, valores relacionados a doações ilícitas de campanhas eleitorais ou qualquer tipo de vantagem pessoal. Repudia, com veemência, as infundadas alegações, que são novamente desacompanhadas de qualquer prova relacionada ao seu nome.”
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