Pâmela rebate ameaça de novo processo de advogado “pombo-correio” de RC: “Eu sou apenas uma das vítimas”
A ex-primeira-dama, Pâmela Bório, decidiu rebater, em seu Instagram, a ameaça do advogado Sheyner Asfóra que, em postagem nas redes sociais, anunciou um processo contra ela, por suas revelações ao programa Intrometidos, da última segunda-feira (dia 24). Pâmela tachou o causídico de “pombo-correio do rei” e ainda o desafiou a provar que ela tenha negado algo que tenha denunciado.
Disse que o governador Ricardo Coutinho “sempre se esconde atrás de seus subalternos até para prestar algum esclarecimento na tentativa de se defender do indefensável”. E pontuou que “a inversão de valores vai mais além: em ato no mínimo repudioso novamente põem a estrutura do poder contra uma cidadã e, pior, vítima dos acontecimentos que tenta lutar por justiça mesmo diante de crimes tão explícitos e de pleno conhecimento local”.
Pâmela também publicou no Instagram novas fotos da agressão que teria sofrido, em 7 de setembro de 2016, quando foi levada, segundo ela, até a Granja Santana contra sua vontade, e terminou sendo vítima de um ataque de uma irmã e uma sobrinha do governador. (Fotos mais em baixo)
CONFIRA A POSTAGEM NO INSTAGRAM:
“Hoje um “paladino” do governador resolveu, mais uma vez, servir de “pombo-correio do rei” que sempre se esconde atrás de seus subalternos até para prestar algum esclarecimento na tentativa de se defender do indefensável. O sujeito veio dizer que foi um “desrespeito à honra e a dignidade do cidadão” a exposição da verdade dos fatos que todos têm acompanhado através do esforço de uma imprensa livre e, por isso perseguida, a fim de justificar mais uma tentativa de censura – contra meus colegas e, especialmente, a uma das principais testemunhas dos acontecimentos em questão: a mim.
Gostaria que o senhor esclarecesse, aliás, eu o desafio publicamente, a citar qualquer detalhe que eu tenha negado, em algum âmbito, do que foi repercutido na minha ultima entrevista. Ao contrário: tento reverberar dentro das possibilidades que me são impostas as denúncias que tenho feito sobre criminoso abuso de poder e de autoridade na atual gestão do governo da Paraíba.
Não adianta, a esta altura, refutar com “acusação infundada” ou “calúnia” revelações de intensa gravidade cujos personagens vão além de mim. Sou apenas uma das testemunhas ou vítimas. Mas sou a que jamais se dobrará, se enfraquecerá ou retrocederá como esperam e tentam (e atentam!) para esse patamar a todo custo.
Como alguém vem falar de impropérios quando se é impróprio sair da condição de advogado (pago pelo estado, inclusive) para a condição de porta-voz do governo – que agora perdeu recentemente o seu oficial Luciélio Alves (mais conhecido como Célio Alves) por agressão violenta a uma adolescente de 16 anos como todos nós embasbacados soubemos na semana passada.
A dissimulação da realidade de forma tão torpe atinge, contraditoriamente, o alvo de sua carta: a imprensa e, principalmente, o povo paraibano, vitimando-o desde o deslocamento de competências na gestão pública em questão, até a distorção dos fatos, mesmo que de modo tão amador e inconsistente.
A inversão de valores vai mais além: em ato no mínimo repudioso novamente põem a estrutura do poder contra uma cidadã e, pior, vítima dos acontecimentos que tenta lutar por justiça mesmo diante de crimes tão explícitos e de pleno conhecimento local.”