Deputado cobra explicações do Governo RC sobre arma e munições do Estado usadas no assassinato de Bruno Ernesto
O assassinato do jovem Bruno Ernesto, um crime misterioso ocorrido em fevereiro de 2012, incendiou o debate na Assembleia, esta quinta (dia 17), após o deputado Tovar Correia Lima cobrar do Governo do Estado explicações sobre a origem da arma e das munições usadas no homicídio. A arma, segundo documento exibido no programa Intrometidos, foi adquirida pela Secretaria de Segurança do Estado.
Afirmou o deputado: “Ora, a bala que atingiu Bruno Ernesto foi adquirida pela Secretaria de Administração Penitenciária. A arma, pela Secretaria de Segurança. Está em documento. Não estou aqui culpando ou acusando ninguém, o que eu peço é que, no mínimo, o Governo dê explicações. Peço que o secretário de Segurança venha a pública e explique de onde veio, para onde foi, quem estava usando essa arma e o porquê desse acontecido.”
“É preciso também uma explicação do governador. Infelizmente há o costume de Ricardo Coutinho desdenhar tudo que lhe atinge. Se é o caso da segurança e das explosões contra caixas eletrônicos, a culpa é dos bancos; se é o caso da seca, a culpa é do passado; se é o caso de uma audiência, que ele não nos atende há um ano e o presidente não o atendia por uma semana, a culpa é da oposição. Ele sempre tem uma desculpa e nunca assume a responsabilidade que lhe é de direito”, pontuou Tovar.
Segundo o parlamentar, “já se passaram mais de quatro anos e até hoje o caso nunca foi totalmente esclarecido à população paraibana e à família da vítima” e emendou: “O que não pode é ficarmos fazendo de conta que nada aconteceu ou até mesmo que não foi nessa Paraíba. Aconteceu sim, é fato e precisa ser elucidado. Eu vou cobrar nessa tribuna todas as semanas até que seja esclarecido por que uma arma e munição da polícia foram usadas para assassinar um servidor da prefeitura.”
Assassinato – O servidor público municipal Bruno Ernesto Morais, 31 anos, foi encontrado morto na madrugada do dia 8 de fevereiro em 2012, em João Pessoa. Ele era diretor de Infraestrutura e Suporte na Secretaria de Planejamento da Prefeitura Municipal de João Pessoa.
O inquérito policial apontou como latrocínio a morte de Bruno. Porém, o caso ganhou repercussão da mídia nacional, pelo fato de tratar-se de um funcionário que participava do programa Jampa Digital, alvo de denúncias de superfaturamento e pagamento de propinas. O projeto previa a instalação de pontos gratuitos de Internet em João Pessoa, e nunca funcionou.