Governo faz caixa mas não é para atender ao cidadão
Alguns deputados que andaram conversado com o governador Ricardo Coutinho, nos últimos dias, saíram com vontade de fazer uma vaquinha para salvar o Estado. Após a mais recente solenidade no Palácio da Redenção, parlamentares procuraram RC para apresentar alguns pleitos relativos aos seus municípios de atuação política.
Mas, a resposta foi desanimadora. O deputado João Henrique, por exemplo, deixou o Palácio desolado, quando foi apresentar pleitos para Monteiro. Pelo que ouviu, o Estado está na iminência de fechar as portas, contrariando as avaliações de peritos em contabilidade, que indicam uma folga de caixa no Estado que beira R$ 1 bilhão.
Na medida em que o governador se nega a atender aos pleitos dos prefeitos, fica a impressão de que as demandas apresentadas pelos deputados para atender seus aliados não é uma prioridade de Governo. O governador, com certeza, tem outros planos para aplicar a sobra de caixa, desde que assumiu o Palácio da Redenção, ano passado.
Um caixa construindo graças à demissão de milhares de servidores, corte de gratificações, redução no duodécimo, fechamento de escolas e até mesmo retenção na distribuição de medicamentos de uso continuado. E fica a dúvida para que serve mesmo o dinheiro público. Se é para atender ao ego do governador ou atender ao bem comum.
Chega às raias da irresponsabilidade quando um Governo, por exemplo, se nega a pagar o transporte de pacientes que precisam de tratamento fora do Estado, como foi amplamente divulgado pela Imprensa. Quer dizer, então, que é preferível que essas pessoas morram, para que o Estado possa seguir fazendo caixa?
A dúvida persiste: a quem está servindo o Governo?