Caso Bruno Ernesto: Governo RC segue desdenhando de investigação do Ministério Público para esclarecer crime
O Governo Ricardo Coutinho segue desdenhando do Caso Bruno Ernesto, especialmente após se descobrir que as balas e a arma utilizadas no assassinato pertenciam ao Estado. Além de não se manifestar sobre o assunto, o Governo insiste em descumprir solicitações do Ministério Público, para esclarecer as circunstâncias em que a arma e as balas foram usadas no crime.
Em dezembro, a promotora Ana Maria França Oliveira, coordenadora do NCAP (Núcleo de Controle Externo da Atividade Policial) enviou ofício ao Coronel Euller, comandante-geral da Polícia Militar, solicitando o comparecimento do Sargento Manuel de Assis Nascimento, para esclarecer o uso da arma no assassinato de Bruno e instruir o instrumento preparatório do inquérito.
A audiência estava marcada para esta terça-feira (dia 10), porém o Comando da PM não enviou o militar ao Ministério Público. E nem deu explicações.
Histórico – Em agosto, a promotora Ana Maria França havia notificado o Major Sérgio Fonseca de Souza, gerente executivo do Sistema Penitenciário (Secretaria de Administração Penitenciária), solicitando esclarecimentos sobre a destinação dada ao lote da numeração AHQ92… Deu dez dias. Mas, nunca obteve resposta.
Então, em 16 de dezembro de 2016, a promotora voltou à carga, oficiando diretamente o secretário Wagner Dorta (Administração Penitenciária). Da mesma forma, a promotora também deu um prazo de dez dias para uma resposta. E, até o momento, esta resposta não foi enviada. O caso, segundo entendimento do Ministério Público, caracteriza descumprimento de preceitos constitucionais, conforme a promotora até advertiu em seu ofício.
Origem das balas – Em ofício datado de 21 de outubro de 2015, a empresa CBC, fornecedora de munição, confirmou que o citado lote (AHQ92) foi adquirido pelo Governo do Estado, destinado precisamente à Secretaria de Administração Penitenciária. E, como se sabe, a munição utilizada para assassinar Bruno Ernesto era exatamente desse lote.
Ficam então as indagações: por que, então, as investigações não avançam? Por que o Governo do Estado não se manifesta sobre o assunto, uma vez que a arma e a munição pertenciam ao Estado? Afinal, Bruno Ernesto foi ou não foi vítima de uma execução?
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