Jampa Digital: Pâmela postou que “o principal responsável, o governador Ricardo Coutinho, deve explicações à sociedade”
A mais recente decisão da Justiça, através de liminar do desembargador-substituto Miguel de Britto Lyra, liberou a ex-primeira-dama, Pâmela Bório, de veicular postagens, não apenas associando o escândalo do Jampa Digital ao crime de Bruno Ernesto, como também a citação do procurador-geral do Estado, Gilberto Carneiro e a deputada Estela Bezerra.
Pâmela, em postagem de junho de 2015, tanto citava Gilberto e Estela, como o próprio governador: “O principal responsável, o ex-prefeito e atual governador Ricardo Coutinho também deve explicações à sociedade já que, perante ao Judiciário, ele goza da prerrogativa da imunidade e garantia do foro privilegiado.”
E ainda: “A investigação da Polícia Federal sobre indícios de prática de improbidade administrativa que até foi alvo de denúncia do programa Fantástico da Rede Globo, com várias repercussões em outras emissoras e veículos, concluiu superfaturamento de um projeto que sequer funcionava e, mesmo assim, consumiu milhões de reais. O valor total do projeto era de R$ 39 milhões. A Polícia Federal indiciou 23 pessoas por supostas irregularidades no Jampa Digital e concluiu que recursos do projeto foram desviados para financiar a campanha do atual governador da Paraíba, Ricardo Coutinho.”
CASO JAMPA E BRUNO ERNESTO – Pâmela, como se sabe, foi acionada pelo governador Ricardo Coutinho e chamada a depor na Polícia, para explicar a associação entre o Jampa Digital e o assassinato de Bruno Ernesto, de acordo com sua postagem. Ele declarou apenas: “Quero permanecer no meu direito ao silêncio em relação ao Jampa Digital e ao assassinato de Bruno Ernesto. Enquanto as investigações permanecerem nas instâncias condicionadas ao governo, nada mudará. Um governador exerce influência em vários seguimentos, do executivo ao judiciário e eu só quero estar desvinculada dele e dos poderes. Minhas escolhas refletem exatamente o meu distanciamento dessas pessoas, desse meio. Apesar de ter passado por violência doméstica e ainda sofrer violência moral, psicológica, patrimonial, nunca levei meu ex-marido a uma delegacia, tampouco na condição de pai que sequer paga pensão do próprio filho. Só anseio por paz no auge dos meus 31 anos – por coincidência, mesma idade de Bruno quando executado.”