Governo alega falta de recursos para não dar aumento a servidor mas disponibiliza R$ 150 milhões para emprestar a prefeituras
Quando o assunto é aumento para o funcionalismo, o governador Ricardo Coutinho segue tropeçando nas próprias palavras. O governador alegou queda de receitas, para justificar a chamada MP do Mal, que suspendeu reajuste, promoções e até plano de cargos do funcionalismo. Mas, dados do Fisco e Tesouro Nacional mostram que, em vez de queda, a Paraíba registrou crescimento das receitas em 2016.
Um exemplo mais eloquente da sobra de receitas está no edital do recém-criado Empreender Prefeituras, em que deve disponibilizar até R$ 150 milhões para emprestar dinheiro aos Municípios (principalmente de prefeitos aliados), em projetos de R$ 50 mil a R$ 700 mil, com taxas de juros camaradas, e prazo de até 42 meses para pagar. Ou seja, mandando a conta para o futuro governador.
Discriminação – Há poucos dias, durante entrevista ao programa Intrometidos, o senador Cássio Cunha Lima lamentou que, em seis anos de Governo RC, o Estado não “celebrado um só convênio com a Prefeitura de Campina Grande, talvez pelo fato de Romero (Rodrigues) não ser aliado”. Segundo o senador, o governador só fecha contratos com prefeitos aliados.