Há algo de muito grave ocorrendo no sistema prisional do Estado. Várias têm sido as denúncias de irregularidades. A última delas impressiona: o diretor do presídio do Róger, David Efraim, está sendo acusado de coagir e torturar presos, para mentirem em relação a membros da Igreja Católica que oferecem apoio pastoral aos apenados.
O alvo seria mais especificamente o missionário Massilon da Silva Ramos, membro da Pastoral Carcerária, e vinculado ao ex-arcebispo Dom Aldo Pagotto. O diretor teria queixas do missionário, e está no termo de audiência a frase, atribuída precisamente ao próprio: “O vea… do Massilon está ai e vai querer me prejudicar”.
O missionário, conforme informações correntes na Pastoral, é desafeto do deputado Luiz Couto, que apoia a atual gestão da Secretaria de Administração Penitenciária junto ao governador Ricardo Coutinho. A denúncia está com a juíza Andréia Arcoverde Cavalcanti, e tem como uma das testemunhas o preso Ismael Domingos da Silva, que teria sido obrigado pela direção a dizer que estaria sendo extorquido por Massilon.
