Ney se envolve na confusão do PSB e pode terminar chamuscado
Quando ocorreu o turbulento cisma entre Ronaldo Cunha Lima (então senador) e José Maranhão (governador), em 1998, Ney Suassuna tentou agir como algodão entre cristais, apresentando-se como conciliador de um rompimento que, claramente, não tinha mais volta. No fim, quando percebeu que fazia um papel mais histriônico do que didático, jogou a toalha e decidiu optar por um dos lados.
Agora, de repente, Ney surge como por encanto na Paraíba, para se apresentar como pacificador entre o governador Ricardo Coutinho e o prefeito Luciano Agra. Sua aparição na plenário, noite de quinta (dia 31) já foi uma surpresa para muitos. Afinal veio do Rio de Janeiro só para bater o ponto. Mas, participar da coletiva de Agra, na manhã desta sexta (dia 1), foi realmente de causar pasmo.
Ney gosta de atrair confusão. Poderia passar sem essa exposição desnecessária. Resultado: corre o risco de sair chamuscado de uma pendenga que não teve qualquer responsabilidade. Sua aparição nas atuais circunstâncias somente se justificaria se fosse para participar ativamente da campanha, talvez até como candidato. O papel de pacificador, nas atuais circunstâncias, não pega bem.