AIJE da PBPrev: o placar de 1 a 1 e que pode mudar até maio com o pedido de vista da juíza Michelini?
Com o pedido de vista da juíza Michelini Jatobá, na sessão desta segunda (dia 17), é provável que o julgamento da AIJE da PBPrev, que pede a cassação do governador Ricardo Coutinho, fique para 4 de maio. Talvez seja pouco tempo para aliados do governador, e muito para outros que reclamam do atraso num julgamento que deveria ter ocorrido bem antes.
Em duas semanas, algo pode mudar. A partir, inclusive, da possibilidade da magistrada poder analisar melhor os autos do processo. Mas, é também um tempo suficiente para mudança de voto ou de pensamento. E é muito provável que esquadrões dos dois lados tentem, nos próximos dias, um convencimento a mais. O placar de 1 a 1 não dá segurança a nenhuma das partes.
E, pelos debates nos corredores em intervalos do julgamento, é quase certo que os ricardistas, por exemplo, reforcem a artilharia nos votos faltantes, como o juiz Antônio Carneiro de Paiva, que surpreendeu na abertura do julgamento ao votar contra um pedido de adiamento do desembargador-relator Romero Marcelo de Fonseca. No que, aliás, foi seguido pela presidente Maria das Graças Morais Guedes. Outra surpresa.
Há otimistas de plantão na oposição que projetam, por conta desses votos, um placar apertado de 3 a 3 novamente no julgamento final, o que levaria inapelavelmente para o voto de minerva da desembargadora Maria das Graças. Mas, os ricardistas deixaram a sessão desta segunda, certos de que o placar deverá se fixar nos 4 a 2. Resta aguardar para as águas de maio.