A arte de passar a perna no furioso Levi
Na campanha de 86, Humberto Lucena e Tarcísio Burity chegaram a Patos e foram logo avisando ao deputado Edivaldo Mota que ficariam poucas horas na cidade. Mota não gostou.
Assim, quando estavam para concluir a programação, Edivaldo disse: “Recebi, agorinha, um recado de Levi Olímpio, dizendo que o comício de Pombal foi adiado. Dá tempo da gente andar mais.”
Final da tarde, chegou Martinho Salgado, emissário de Levi, que era conhecido pelo temperamento difícil e estava furioso com o atraso.
Humberto entendeu logo e censurou Edivaldo: “Mas, Edivaldo, como é que você apronta uma dessas? Agora você vai comigo pra explicar tudo a Levi.”
Quando chegaram na entrada de Pombal, Levi estava injuriado. Edivaldo nem deixou ele falar: “Eu não disse, Humberto? Valeu o teste. A gente atrasou a chegada, e o povo está todinho esperando. É a liderança de Levi.” E deu logo um abraço em Levi.