Massacre no Lar do Garoto: Governo foi alertado várias vezes e fez ouvidos de mercador
A Assembleia realizou, em 6 de abril, audiência pública para discutir a gravidade dos problemas nas unidades administradas pela Fundac (Fundação de Apoio ao Adolescente), após meses seguidos de denúncias de várias irregularidades, ante a péssima situação das instalações de todas elas. Já em abril, havia o receio de que, diante do cenário de “indiferença do Governo”, existia o risco de “algo grave ocorrer”.
E aconteceu. O massacre de sete adolescentes, alguns encontrados com os corpos carbonizados, afora os feridos. Era uma crônica anunciada, há muito tempo. Naquela audiência, Lúcia Brandão, presidente do Sintac (sindicato da categoria), alertava: “trabalhamos com a alta complexidade e vivemos em constante insegurança e sem as mínimas condições de trabalho. Esse é um governador frio e insensível”.
Com uma faixa, os servidores ironizavam: “A nossa vida nas unidades socioeducativas vale R$ 100.” O valor pago pelo Governo de “auxílio periculosidade”. E qual foi a reação do Governo do Estado, na audiência? Buscou desmerecer as denúncias, e afirmou que o Estado estava tratando as unidades socioeducativas confirma a cartilha do setor. (Mais em https://goo.gl/qTdgrF)
E quais foram as medidas adotadas pelo Governo, para eventualmente corrigir as falhas, que ele mesmo não admitiu? Nenhum. O resultado está ai e agora se vê qual a cartilha do Governo Ricardo Coutinho para o setor.