Violência só aumenta após o governador anunciar redução
Alguem precisa orientar o nosso ínclito, preclaro e insigne governador a não falar mais em redução dos índices de violência na Paraíba. Essa bazófia dá um tremendo azar.
Uma semana depois de anunciar, com a maior pirotecnia do mundo, que o Estado estava conseguindo, sob sua orientação, reduzir a violência, a realidade desmentiu os números.
Só pra citar alguns casos. Em uma semana, um jovem foi encontrado esquartejado. Pouco depois, mais duas jovens retalhadas. O Padre Albeni foi alvejado em frente de sua casa.
Agora, uma chacina com cinco pessoas brutalmente assassinadas. Afora o aumento no número de carros roubados. Na verdade, nunca os bandidos aterrorizaram tanto a população.
A Paraíba vive uma guerra civil e, em vez de admitir a situação, e conclamar a sociedade para enfrentar o problema da violência, o Governo vem anunciar dados claramente falaciosos.
O problema, meu caro Paiakan, é que passados um ano e seis meses, o governador ainda não se deu conta de que problemas como violência não são resolvidos apenas por decreto.
Esse discurso valia na campanha eleitoral, quando precisou do voto dos paraibanos e prometeu acabar com a violência em seis meses de Governo. Não apenas não acabou, como aumentou.
Está na hora do Governo ter mais humildade. Reconhecer que não soube enfrentar o problema e convocar a sociedade para encontrar uma saída à violência que torna a todos reféns.
Porque, se houve redução da violência, ocorreu apenas em torno da Granja Santana e do Palácio da Redenção, onde 200 homems da polícia dão segurança pessoal ao governador.
Nas ruas, o cidadão, que não dispõe dessa, digamos, regalia, a situação é bem outra.