Deputado vota contra Temer, defende afastamento do PSDB e avisa que não votará a reforma da Previdência como foi proposta
O deputado Pedro Cunha Lima, que tem assumido uma postura crítica em relação ao Governo Federal, inclusive votou pela admissibilidade da denúncia contra o presidente Temer e prega o afastamento de seu partido, o PSDB, voltou suas baterias contra a reforma da Previdência: “Do jeito que foi apresentada pelo Governo, não posso votar, e acredito que não irá passar pelo Congresso.”
O deputado tucano diz que a reforma da Previdência é importante, diante da iminente falência do sistema, graças a um continuado déficit na conta do INSS, mas “não se pode penalizar os trabalhadores, tem que começar pelos mais favorecidos”. E citou categorias como os juízes, procuradores de Justiça, deputados, senadores, “que sempre são os mais beneficiados”.
“Nos iremos reformar um instrumento de combate às desigualdades, um deles é a aposentadoria do trabalhador rural, eu não vou mexer nisso. Não contem comigo para alterar isso, porque para mim seria uma distorção enorme, mexer em um ponto do lado mais frágil de uma camada social… também não concordo com a idade mínima de 65 anos, a gente pode trabalhar nisso”, pontuou.
E acrescentou: “No Brasil, existem algumas aposentadorias de pessoas em pleno vigor físico, com a saúde que ainda permite o trabalho e que se aposentam com 52 e 53 anos, a gente precisa mexer e enfrentar isso, ter a coragem de encarar essa situação. Porque a economia não se satisfaz com palanque político, a economia vive de estatística, de matemática, e a previdência é um quesito que precisa sim ser mexido.”
Arrematou o deputado: “E sou plenamente a favor das reformas, mas desde que se observe esse princípio, de que não pode começar pelos que já são menos favorecidos. Se for com essa proposta de prejudicar direitos dos trabalhadores, não votarei pela sua aprovação.”