O governador viajante e as experiências importadas que aplicou na Paraíba
O nosso ínclito, preclaro e insigne governador gosta de viajar. Após tourear o prefeito Luciano Agra na arena do PSB, RC está a caminho da Espanha. Alega-se um encontro com empresários espanhóis (que estão na maior crise) para tentar atrair investimentos na Paraíba. É quase como pegar um touro à unha.
Seria a sexta ou sétima viagem internacional, sempre sob a alegação de que irá em busca de parceiros para investir no Estado. Já andou várias vezes pela Europa, Estados Unidos, Índia, Cuba. Principalmente Cuba, onde certamente existem muitos empresários ávidos por aplicar seu dinheiro na Paraíba. Aguardemos.
Aliás, para o governador, é bem mais fácil hoje em dia viajar até Barcelona do que, por exemplo, visitar os festejos juninos de Campina Grande, João Pessoa ou Patos, onde é persona non grata. Espera-se que possa, realmente, atrair os investimentos tão necessários para a economia do nosso combalido Estado.
Além do mais, o governador trouxe importantes experiências dessas viagens internacionais. Como, por exemplo, a ideia de fechar 188 escolas públicas. Tudo bem que, nos Estados Unidos, quem fecha uma escola pode terminar preso, mas talvez tenha sido uma inovação diante das experiências que testemunhou.
De onde veio a inspiração para anunciar a redução da violência na Paraíba? Certamente de suas viagens internacionais. Tudo bem, os bandidos tiveram a ousadia de conspirar contra sua fala real, esquartejando várias pessoas, promovendo uma chacina, centenas de assaltos e roubos de carro. Mas, ele tentou.
Terceirizar a saúde pública? Ora, é coisa de Primeiro Mundo. Tudo bem que, após a terceirização do Hospital de Trauma o Estado passou a gastar mais com Cruz Vermelha, para atender a um número bem menor de pacientes e tudo mais. Porém, terá sido a aplicação de sua visão ante as andanças pelo exterior.
De onde terá adquirido a experiência para demitir milhares de pais de família? Certamente de suas peregrinações pelo exterior. Da mesma forma o calote do duodécimo. Ou ainda, a ousadia de descumprir algumas leis. Lá pelo exterior, essas devem ser práticas comuns. Ficou fácil para o governador importar.
De forma que resta-nos esperar pelo retorno do nosso ínclito, preclaro e insigne viajante. Aguardemos pela próxima experiência que irá aplicar na Paraíba, com base nessa nova viagem pelas terras da Espanha, que só não faliu ainda porque a Comunidade Europeia decidiu bancar um rombo de 100 bilhões de euros.