Procurador-geral recebe mãe de Bruno Ernesto, promete agilizar investigações e acionar PGR sobre federalização do crime
O novo procurador-geral da Justiça, Seráphico da Nóbrega, recebeu, esta quinta (dia 31), Inês do Rego, mãe de Bruno Ernesto, ouviu suas queixas em relação à morosidade como o Ministério Público do Estado vem tratando o inquérito em torno do crime, pediu tempo para se assenhorar do processo e assegurou que irá contatar a PGR (Procuradoria-Geral da República) sobre o pedido de federalização das investigações.
Disse Inês ao procurador: “Não suporto mais esse excesso de tempo, que não é razoável, eu preciso de uma resposta e não vou abrir mão, sobre as minhas dúvidas e indagações. Eu vou perseverar sempre nessa minha busca. Um ano e três meses para o inquérito ser encaminhado à PGR é realmente muito tempo. Eu falei da preocupação e a dificuldade para entender por que esse tempo todo para encaminhar o processo”
Em contato com o Blog, Inês relatou que “o procurador também achou que esse excesso de tempo não é razoável, não é compreensível, demonstrou surpresa também e disse que eu estava certíssima em cobrar, que eu ficasse tranquila e que iria fazer o possível para encaminhar essa minha demanda da melhor forma. Estou muito confiante.”
E arrematou: “Não à solução definitiva, mas um jogo aberto, um jogo leal, onde não se tenta manipular ou monitorar, nem enganar aa pessoas que procuram o Ministério Público, e respeite as demandas dos cidadãos. Estou certo que ele vai ter mais respeito com a minha demanda. Porque, por tudo que tenho passado, me sinto, como mãe, ultrajada, desrespeitada.”
Arma e balas – A mãe de Bruno Ernesto também cobrou um desfecho quanto às investigações sobre a arma e as balas que foram utilizadas no assassinato já que, conforme já amplamente esclarecido, pertenciam ao Governo do Estado. Ela cobrou ainda o desfecho das investigações do Jampa Digital, iniciadas em 2011 e nunca concluídas. “Um caso de improbidade administrativa e leva esse tempo todo para investigar?”
Outras mães – Além de Inês do Rego, os procuradores Seráphico da Nóbrega e Nelson Lemos receberam outros mães que perderam filhos em assassinatos, a exemplo de Maria Edilene (mãe de Sebastian Ribeiro Coutinho) e a advogada Laura Berquó, que foi a responsável pelo pedido de federalização dos crimes, desde 2015.