Violência faz aumentar desemprego no setor comercial em Campina Grande: “Estado tem que fazer sua parte”
A violência desenfreada em Campina Grande, especialmente na ação de bandidos em estabelecimentos comerciais, tem provocado um efeito colateral perverso, que é aumento de desemprego, num dos setores economicamente mais fortes da cidade. A denúncia foi feita pela CDL (Câmara dos Diretores Lojistas) da cidade, em seu site, com base em informações passadas pelo próprios empresários.
“Não por acaso Campina Grande perdeu mais de mil e quinhentos empregos formais ao longo do ano. O setor do varejo fechou mais de cem postos de trabalho somente no último trimestre, coincidentemente quando os casos de arrombamento à lojas se tornaram mais frequentes”, diz a CDL. Mesmo com a contratação de segurança privada, os bandidos não dão trégua.
“Atendendo a recomendação dos próprios agentes públicos, os empresários muito têm investido em segurança privada, sistema de monitoramento e tantas outras ferramentas, mas os resultados não são satisfatórios. A situação já está insuportável e os cidadãos de bem não aguentam mais viver reféns do medo”, diz a CDL.
Na mesma linha se pronunciou Marcos Procópio, presidente da Associação Comercial de Campina Grande: “Está se tornando muito alto o custo que é manter um estabelecimento aberto na cidade, por causa da onda de violência… as lojas que ainda se mantêm abertas sempre têm um sistema de segurança interno, com monitoramento por câmeras e segurança armada. Porém, o custo disso é repassado para o cliente final.”
De acordo com ele, para ter desenvolvimento econômico, é preciso que o Estado garanta segurança, pois a violência vem provocando aumento no desemprego devido à baixa nas vendas, já que os clientes estão procurando ambientes sem esse tipo de problema, como a Internet. “O Estado tem que fazer sua parte”, arrematou.
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