Assessores dizem que procurador isentou RC de Caso Bruno Ernesto e advogada desmente
O embate entre o governador Ricardo Coutinho e o vice-prefeito Manuel Júnior segue crepitando. Depois do desafio do vice-prefeito ao governador, assessores girassóis divulgaram documento, em que supostamente Ricardo Coutinho é isentado de qualquer participação no crime de Bruno Ernesto. Eles citam documento do vice-procurador-geral da República, Bonifácio Andrada.
Mas, a informação foi rebatida, nesta sexta (dia 3), pela advogada Laura Berquó. Segundo ela, o Ministério Público Federal teria arquivado apenas uma denúncia sua que trata do Caso Bruno Ernesto, mas referente a uma ameaça que sofreu por parte da ex-vereadora Paula Frassinete e outros, durante uma audiência em agosto último, no Fórum Criminal. E voltou a confirmar a existência de uma ação penal do Caso Bruno Ernesto, que envolveria o governador. (mais em http://epahey2015.blogspot.com.br/)
Laura revelou que, durante essa audiência, quando se referiu ao caso Bruno Ernesto e ao envolvimento do governador e do radialista Diego Lima, Paula Frassinete teria ameaçado, dizendo: “Ricardo vai dar o jeito que você precisa”: “Como infelizmente eu não tinha gravadores no momento porque não imaginava passar por aquilo, meu objetivo com o pedido ao STJ era pra que já constasse algum documento em face dessas ameaças, ainda que o pleito não fosse processado. É sobre essa ameaça que trata o documento do MPF.”
Versão dos assessores – Segundo os assessores do governador, no documento, o procurador teria afirmando não haver indícios da participação do governador, em resposta a uma ação protocolada pela advogada Laura Berquó junto ao STJ (Superior Tribunal de Justiça), levantando suspeitas da participação do governador em vários crimes, dentre os quais no assassinato de Bruno Ernesto.
Diz o trecho do documento: “Dos autos exsurge que, conquanto minuciosas as informações prestadas, que chegam, inclusive a revelar nomes e fatos concernentes a diversos crimes que já foram ou estão sendo investigados, não se percebe consistência suficiente nos fatos imputados à autoridade com prerrogativa de foro no Superior Tribunal de Justiça, visto que desamparados do mínimo de provas que o vinculem aos fatos criminosos. Não há, portanto, lastro suficiente que viabilize o início de uma investigação.”
Caso Bruno Ernesto – Mas, segundo Laura Berquó, o Caso Bruno Ernesto, que tem investigação do Ministério Público Federal, segue em apuração no STJ (Superior Tribunal de Justiça). O processo tem a relatoria do ministro Félix Fischer, corre em segredo de Justiça e, de acordo com a última movimentação, os autos foram enviados para o MPF. O advogado de defesa é Sheyner Asfóra. E o inquérito é de nº 1200, de 24 de agosto de 2017.