Governador divulga números e jura que a violência está diminuindo na Paraíba. Lembrou Cazuza
“A tua piscina tá cheia de ratos, tuas ideias não correspondem aos fatos”. São versos de Cazuza, que foram lembradas, nesta terça (dia 9, quando o ínclito, preclaro e insigne governador Ricardo Coutinho, usando a velha e surrada pirotecnia de sempre, jurou de pés juntos que houve redução da criminalidade na Paraíba. É um sujeito corajoso, não há dúvida.
Não fosse uma afronta ao cidadão comum, que vive refém da bandidagem em todas as suas modalidades de crimes, seja de homicídios e explosões de bancos (nos quais o Estado é recordista) a roubo de celulares, algo que se tornou tão banal na Paraíba. É um acinte. Os dados de sua excelência simplesmente não correspondem aos fatos. O cidadão sabe. O Governo sabe.
O governador talvez não queira saber. Afinal, vive cercado por uma esquadrão de policiais, anda em carro blindado e não teme por sua segurança. Também, com um aparato desses, não tem como tem recear pelo roubo de seu celular. Ou de pessoas da família e amigos do peito, todos igualmente beneficiados com uma guarda pretoriana, que resguarda a sua integridade física e patrimonial.
Dados do Governo – De acordo com o Anuário da Segurança Pública, divulgado pelo Governo do Estado, ao longo de 2017 foram registrados “apenas” 1.284 assassinatos, o que, segundo o governador, representa uma redução de 2,87% em relação ao ano anterior. Há, é claro, quem acredite.
Promessa – Também não custa lembrar como o então candidato a governador ocupou reiteradamente o guia eleitoral para afirmar que a violência era uma questão de gestão e que iria baixar todos os índices de criminalidade em seis meses de Governo. Sete anos depois, a sensação de insegurança na Paraíba persiste. E sem solução, num Governo em fim de carreira.