Entidades da PM repudiam declarações de Euller e aguardam julgamento de ações contra coronel: “Não somos baderneiros”
O Clube dos Oficiais da Paraíba emitiu, esta sexta (dia 12), nota de repúdio ao Coronel Euller Chaves, comandante-geral da Policia Militar, por conta de declarações dadas à Imprensa, em que insinuou que nas entidades representativas da PM haveria “baderneiros e palanqueiros”, além de falastrões com objetivos puramente eleitoreiros.
Conforme a nota, “Não há registro da existência de baderneiros, palanqueiros ou falastrões em nossa entidade, que, em verdade, tem se pautado pela defesa dos reais interesses de policiais e bombeiros militares, com postura verdadeira, com uma altivez que talvez falte a quem, por direito, deveria se postar ao lado da categoria”.
O COPM também pede que Justiça julgue com “todo o rigor a imparcialidade de sempre as denúncias de desajustes e irregularidades apresentadas contra o Coronel Euller Chaves e que ele possa se explicar, não apenas perante a tropa, mas também perante a sociedade, que certamente não concorda com determinados tipos de comportamento que ferem e comprometem a imagem da Corporação, em função de deslizes eventualmente cometidos por alguns de seus integrantes que, esperamos, não seja o seu caso”.
CONFIRA A ÍNTEGRA DA NOTA…
“A diretoria do CLUBE DOS OFICIAIS DA POLICIA E BOMBEIRO MILITAR DA PARAÍBA vem de público externar seu mais veemente repúdio em face de declarações injuriosas do Coronel Euller Chaves, Comandante-Geral da Polícia Militar, contra as entidades que representam os policiais militares da Paraíba, durante recente entrevista à Imprensa.
No afã de tentar se explicar à sociedade paraibana, por conta de uma ação judicial que pede sua despromoção e devolução do que supostamente teria recebido a mais desde 2003, conforme denúncia recente do deputado João Henrique, o Coronel Euller preferiu agredir as entidades que defendem com denodo e galhardia os briosos policiais militares, numa clara demonstração de desequilíbrio, preferindo a via da provocação e da injúria.
Temos a afirmar que a nossa entidade, como as demais engajadas na causa dos policiais e bombeiros, têm uma história de luta e independência, largamente reconhecida pela categoria. Não há registro da existência de baderneiros, palanqueiros ou falastrões em nossa entidade, que, em verdade, tem se pautado pela defesa dos reais interesses de policiais e bombeiros militares, com postura verdadeira, com uma altivez que talvez falte a quem, por direito, deveria se postar ao lado da categoria.
Esperamos que a Justiça possa julgar com todo o rigor a imparcialidade de sempre as denúncias de desajustes e irregularidades apresentadas contra o Coronel Euller Chaves e que ele possa se explicar, não apenas perante a tropa, mas também perante a sociedade, que certamente não concorda com determinados tipos de comportamento que ferem e comprometem a imagem da Corporação, em função de deslizes eventualmente cometidos por alguns de seus integrantes que, esperamos, não seja o seu caso.
Causa espécie, por fim, como o Comandante-Geral da Polícia Militar, que deveria ser o exemplo maior para a tropa, adote posturas dessa natureza, quando deveria procurar operacionalizar com mais competência o combate eficaz à criminalidade, aumentando o efetivo, oferecendo condições de trabalho para os policiais, respeitando os inativos lhes oferecendo o mínimo de dignidade e, especialmente, dispensando um tratamento decente e respeitoso aos companheiros.
Sua infeliz declaração nada contribui para a melhora dos serviços, ao contrário, fustiga desentendimentos merecendo integral REPÚDIO da diretoria do CLUBE DOS OFICIAIS, DA ASSOCIAÇÃO DOS INATIVOS, DA ASSOCIAÇÃO DAS ESPOSAS E MÃES, da tropa e, com certeza, de toda as entidades envolvidas e comprometidas com a defesa da categoria e da instituição.
João Pessoa, 12 de janeiro de 2018
FRANCISCO DE ASSIS SIVA – CEL RR
MAQUIR ALVES CORDEIRO – CEL RR
ZORAIDE GOUVEIA – ASSEMP“