AÇÃO NO STJ Pâmela revela nome de “figurão” citado pela Lei Maria da Penha: “É Ricardo Coutinho”
Era segredo de Justiça o nome do tal “figurão”, de iniciais R.V.C. que foi citado, nesta segunda (dia 15) pelo Superior Tribunal de Justiça, numa ação promovido no âmbito da Lei Maria da Penha, que trata da violência contra mulheres. Mas, a ex-primeira-dama, Pâmela Bório, tornou público o nome do réu: o governador Ricardo Coutinho, no processo nº 0001860-52.2018.3.00.0000.
E publicou em seu Instagram: “Eis que a colheita sempre vem. Justiça, ainda que tardia. O governador da Paraíba Ricardo Coutinho foi citado ontem dia 15 de janeiro e tem cinco dias para se explicar sobre ação na Lei Maria da Penha. Ele é o primeiro governador citado por essa lei.” Pâmela denunciou várias agressões que teria sofrido ao longo dos últimos anos.
Agressões – Eis o relato das agressões: “Ainda casada com o atual governador, sofria violência psicológica (ameaças a mim e às amigas e familiares, alienação parental e chantagem emocional com o meu filho), violência patrimonial (tiraram meu programa do ar), violência moral (ao ponto de veículos que recebiam verba institucional me desabonarem com imputações que iam de gastos públicos não realizados e aliados que produziam falsas notícias ou deturpações no intuito de criarem uma imagem de mulherzinha, ao passo que sempre estudei, trabalhei, batalhei por cada conquista em uma carreira sólida de 15 anos de jornalismo e nunca dependi de marido ou governo) e, a pior, violência verbal e física quando aconteciam brigas como aquela em que foi vazada quando o governador chutou minhas muletas, me xingou e me ameaçou: “você vai ver o que é um doido”.
Em outro episódio, puxou meu braço dentro da residência e me ameaçou com “pena capital”, segundo suas palavras. Não satisfeito, após o divórcio ocorrido em março de 2015, ainda continuou com diversas violências contra mim. O próprio acordo consensual perdurou após quase 2 anos de separação com muitas dificuldades de concretização (para me conceder o divórcio, me coagiu a ter perda patrimonial a fim de eu conseguir a tão sonhada paz que não acabou me permitindo).
Um mês depois, mandou delegado me intimar para eu falar tudo o que sabia sobre a morte de Bruno Ernesto em tentativa de intimidação. Pouco mais de 2 meses após o divórcio, mandou sua funcionária me bater dentro da minha residência, em noite de véspera do feriado de Corpus Christi (pois assim manobraria plantonistas após o ocorrido) e ainda na frente do meu filho pois sabia que diante dele eu nunca esboçaria reação a fim de preservá-lo e protegê-lo. Com o mesmo modus operandi, planejou e concretizou outra agressão física, desta vez no 7 de setembro daquele ano e pior: tentativa de homicídio pois sofri enforcamento e me foram quebrados dentes!
Para isso, mandou policiais me sequestrarem.”
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