Conselho Nacional realiza nova correição no MPPB por conta dos Casos Propinoduto, Jampa, Bruno Ernesto e Cuiá
Um fato tem intrigado os funcionários do Ministério Público da Paraíba: uma correição extraordinária vem ocorrendo no MPPB, quando uma correição ordinária já havia sido feita, como se sabe, em dezembro do ano passado, ou seja, a menos de um mês. Até onde se pode apurar, novas denúncias teriam chegado ao Conselho Nacional do Ministério Público quanto à leniência na condução de processos. Ou…
Ou esta correição extraordinária seria resultado de problemas identificados na correição de dezembro. Sabe-se que houve testemunhos cobrando a apuração de alguns processos, especialmente o Caso Propinoduto, o crime de Bruno Ernesto, o Jampa Digital, o Caso Cuiá e o Gari Milionário que, apesar de passados há tanto tempo, ainda não foram devidamente investigados pelo MPPB.
Em dezembro, por exemplo, a servidores Inês Morais (mãe de Bruno Ernesto) depôs durante a correição e causou perplexidade aos procuradores presentes, quando historiou que, mesmo tendo sido desvendado que a arma e as balas usadas no crime pertenciam ao Estado, o Ministério Público não tomou as medidas necessárias e com a urgência exigida para elucidar o mistério dessa informação.
Propinoduto – O Caso Propinoduto é dos que mais surpreenderam os procuradores do CNMP. Primeiro, porque o inquérito foi encerrado pela Secretaria de Segurança Pública, sem ouvir o Ministério Público da Paraíba, o que é vedado pela legislação. Depois, o próprio inquérito simplesmente sumiu.
Como se sabe, em 2010, sete delegados subscreveram um inquérito, que apurou a apreensão, durante uma blitz, de uma mala preta com R$ 81 mil, junto com um bilhete, em que se registrava os destinatários do dinheiro. Segundo o Fórum dos Servidores, o dinheiro seria dividido entre o procurador-geral Gilberto Carneiro (R$ 28.000,00), a secretária Livânia Farias (R$ 10.000,00), Coriolano Coutinho (R$ 39.000,00) e Laura Farias (R$ 4.000,00).