COM PARECER DA PGR Ministro já pode despachar no inquérito em que peticionaram o governador e os pais de Bruno Ernesto
O ministro Félix Fischer (Superior Tribunal de Justiça) já pode despachar no Inquérito nº 1.200. O registro está no site do STJ diz (em 21 de fevereiro de 2018), indicando que os autos estão “conclusos para despacho ao(à) ministro(a) Felix Fischer (relator)”. O ministro havia acionado a Procuradoria-Geral da República, que já enviou seu parecer ao STJ.
Esse inquérito, movido pelo Ministério Público Federal (a partir da Paraíba), seria relativo às investigações do assassinato de Bruno Ernesto (ocorrido em fevereiro de 2012), segundo sua mãe, a servidora Inês Ernesto do Rego Moraes, porém, como se sabe, corre em segredo de Justiça por, supostamente, envolver um figurão da Paraíba com foro privilegiado.
Duas petições foram anexadas aos autos, e uma delas, conforme já divulgado pela mídia, diz respeito a um pedido do advogado Aluízio Régis Filho, constituído pela família de Bruno Ernesto, que pede acesso ao teor integral dos autos.
O mistério neste inquérito (nr. 0211846-80.2017.3.00.0000) é que o governador Ricardo Coutinho, por uma razão ainda não explicada, peticionou nos autos (processo nº 2017/0211846-5), em 12 de setembro de 2017, através de seu advogado, Sheyner Asfóra.
Carta aberta – Os pais de Bruno divulgaram carta aberta, em novembro do ano passado, negando que as investigações de se assassinato tenham sido encerrados, conforme havia divulgado setores da mídia. Na carta, eles pretensamente se reportam às investigações do Ministério Público Federal que teriam resultado no Inquérito 1.200, junto ao Superior Tribunal de Justiça.
RELEIA A ÍNTEGRA DA CARTA…
“Inicialmente gostaríamos de informar à sociedade paraibana que acompanha o caso do assassinato do nosso filho, que não tínhamos interesse em expor ainda mais todo o sofrimento que carregamos pela perda brutal e abrupta.
Porém, na condição de pais que o geramos ao mundo, nos sentimos obrigados a zelar por sua honra e por sua história. E não podemos nos calar diante de inverdades publicadas recentemente em blogs e sites que a investigação do assassinato do nosso filho tenha sido arquivada pelo Ministério Público Federal. Mentira. A investigação prossegue firme, e talvez por isso, há muita gente tensa e preocupada na Paraíba.
Lamentamos que interesses outros, que não nos cabe comentar, estejam acima do objetivo nuclear do Ministério Público Federal, da Polícia Federal, da Justiça, e sobretudo da família , que é de descobrir quem mandou matar e porquê mandou matar nosso filho.
Estranho é ver que segmentos que deveriam ter interesse na elucidação do crime , estejam a fazer exatamente o contrário , difundindo inverdades, e confundindo a opinião pública.
Como pais de Bruno Ernesto, somos nós os mais interessados em ver o crime verdadeiramente desvendado, e por isso, nos sentimos na obrigação de expor a verdade. Por isso vimos tranquilizar os homens e as mulheres de bem desse estado e desse país, que a investigação não foi arquivada pela PGR. Muito pelo contrário, está na instância judicial competente, na qual depositamos toda a nossa confiança.
Confiamos no Ministério Público Federal, na Polícia Federal e na Justiça.
O bem , ao final, vencerá o mal. A verdade sempre prevalecerá. E as máscaras haverão de cair.
João Pessoa, 06 de novembro de 2017
Inês Ernesto do Rêgo Moraes
Ricardo Figueiredo de Moraes
Pais de Bruno Ernesto.”