Manuel Júnior, Maranhão, Romero e Cássio. Quem será o candidato?
Com a desistência do prefeito Luciano Cartaxo em disputar o Governo do Estado, a decisão sobre quem será o candidato a governador pelas oposições fica entre o vice-prefeito Manuel Júnior, o prefeito Romero Rodrigues e os senadores Zé Maranhão e Cássio Cunha Lima. Mas, quais seriam as chances de cada um nessa operação?
Maranhão já navega como candidato e tem procurado atrair apoios à sua postulação, para não deixar isoladas seus candidatos a deputado. Com a desistência de Cartaxo, o senador ganha pontos, por ter sido o primeiro a afirmar que o prefeito de João Pessoa não seria candidato. Resta saber como traduzir essa, digamos, previsão em coeficiente eleitoral. Mas, pelo visto, está como nunca no jogo da sucessão estadual.
Cássio vinha negado, peremptoriamente, que não seria candidato. Agora, com a saída de Cartaxo, certamente será um dos nomes em avaliação. Aliás, já vinha sendo defendido por vários militantes de seu partido, como opção. E, agora, pode se tornar um forte postulante. Mas, certamente vai depender de entendimentos com outros setores da oposição e de seu partido, especialmente o prefeito Romero Rodrigues.
Romero conseguiu estadualizar seu nome, nos últimos meses, e sai de Campina Grande com uma apreciável aprovação, conquistada especialmente após sua acachapante reeleição sobre o deputado Veneziano. É um nome palatável, de bom trato e pode surpreender nas articulações, a partir exatamente do cacife que conquistou. Mas, vai depender de como o senador Cássio pretende se posicionar no jogo, a partir de agora.
Manuel Júnior talvez seja, diante das circunstâncias, o candidato mais óbvio. Por que? Porque foi que mais perdeu com a decisão de Cartaxo. Tem alguns problemas. Um deles é o fato do seu partido, o MDB, ter um candidato lançado, que é Maranhão. Mas, talvez encontre guarida em outra legenda, que pode ser até mesmo o PSD de Cartaxo.
Porém, é importante não perder de vista como será, doravante, o comportamento do prefeito Luciano Cartaxo. Ele poderá se incorporar às oposições ou não. Há a possibilidade de, para o lado que ele pender, decidir o jogo da sucessão estadual.