NÃO HÁ VAGAS Enquanto País criou mais empregos em janeiro, Paraíba aumentou desemprego
Há poucos dias, o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério do Trabalho, registrou que, durante o mês de janeiro, pela primeira vez, desde 2012, as contratações formais no País superaram as demissões em 77.822 vagas. O saldo positivo foi a diferença entre as contratações (1.284.498) e as de demissões (1.206.676). No Brasil…
Mas, não na Paraíba. Por essas latitudes, sob direção girassol, o mês de janeiro fechou com saldo negativo de empregos na Paraíba. Foram fechadas 3.255 vagas, uma variação de -0,82%. As perdas foram mais significativas no Comércio, Agropecuária e Industria da Transformação. E ficou a pergunta, por que a Paraíba está na contramão do País?
Por que a recessão insiste em se manter na Paraíba. Uma das explicações, meu caro Paiakan, é o arrocho fiscal implantado pelo Governo Ricardo Coutinho, impondo proporcionalmente uma das maiores cargas tributárias do País. Por conta disso, várias empresas estão deixando o Estado, como ocorreu, recentemente, com a Ambev, que transferiu seu parque fabril para Pernambuco.
Na Paraíba, caberia muito mais o slogan: aqui não há vagas, há impostos.
Em 2017 – N ano passado, a Paraíba já havia registrado um saldo negativo de 3.385 empregos: demitiu 3.385 trabalhadores a mais do que empregou, e cravou um percentual negativo de -0,87%, o segundo pior resultado no Nordeste (que apresentou queda de 0,23%) e ainda muito pior do que a média nacional, que foi de 0,05%. A Paraíba só ficou à frente de Alagoas (2,31%), em termos percentuais.
É um dado preocupante, para um Estado que, segundo dados do Sindifisco, tem aumentado ano a ano a arrecadação de ICM. Agora, se vê que o aumento da tributação se dá às custas do desemprego dos paraibanos. É o que dizem os números do Caged. E contra números não se briga.