Disputa ao Governo tem apenas Maranhão e Azevedo, mas deve surgir outro candidato de oposição. Quem será?
A verdade, meu caro Paiakan, é que, após a desistência do prefeito Luciano Cartaxo em disputar o Governo, criou-se um vazio nas oposições para as eleições de outubro. A preço de hoje, apenas o senador Zé Maranhão tem candidatura assegurada ao Governo do Estado. Maranhão, como se sabe, tem autonomia em seu partido, o MDB, e não demonstra disposição de recuar.
No atual cenário temos, portanto, Maranhão, pela oposição, e o secretário João Azevedo (Infraestrutura), apoiado pelo governador Ricardo Coutinho. Mas, é previsível que surja outro candidato com a bandeira mais firme de oposição, para tentar preencher o vácuo deixado por Cartaxo. Nesta perspectiva, pelo menos quatro nomes têm sido especulados.
Dentre esses, o vice-prefeito Manuel Júnior. O ex-deputado é, certamente, o mais atingido pela decisão de Cartaxo e teria, pelo menos em tese, a prevalência. Manuel Jr deve se transferir para o PSC, onde tem a garantia de legenda pra ser candidato. Vai depender de sua capacidade de articulação para convencer o próprio Cartaxo, o senador Cássio Cunha Lima e demais forças de oposição de ser um candidato viável.
Surgiu um nome novo na disputa, que é Lucélio Cartaxo. Tem sido defendido por forças que cercam Luciano e, nos últimos dias, intensificou contatos e viagens para viabilizar sua postulação. Lucélio se apresenta como o sucessor de Luciano, mas precisa, obviamente, superar resistências entre aqueles que vêm sua candidatura como uma demonstração de excessivo poder nas mãos de dois irmãos, ou seja, Governo e Prefeitura de João Pessoa.
Há a opção do deputado Pedro Cunha Lima que, há alguns meses, chegou a ser especulado, e depois esfriou. Mas, agora, que Luciano Cartaxo tem insistindo não ser mais candidato, Pedro, aparentemente, voltou a ser estimulado a entrar na disputa. Sua candidatura, porém, inviabiliza a possibilidade de Cássio Cunha Lima, seu pai, disputar a reeleição ao Senado.
Como também não se pode descartar a possibilidade do prefeito Romero Rodrigues. O prefeito de Campina Grande tem dito que recuou de sua disposição em disputar o Governo, na esperança de que a chapa de oposição fosse liderada por Luciano. Uma vez que Cartaxo deixou a disputa, Romero voltou a considerar a candidatura ao Governo. Resta esperar se levará adiante.
E, se tudo der errado, e nenhum dos quatro se viabilizar eleitoralmente, não se pode descartar que o senador Cássio termine por entrar na disputa. Seria a opção derradeira.