Com permanência de Luciano na Prefeitura oposições não devem definir chapa antes da sexta-feira, 13
A indefinição pode custar caro às oposições. Até à undécima hora, lideranças da oposição esperaram pela remota possibilidade do prefeito Luciano Cartaxo aceitar a disputa ao Governo. Porém, mesmo favorito em todos os cenários, Luciano surpreendentemente preferiu ficar na Prefeitura. Mesmo depois do prefeito Romero Rodrigues ter desistido da disputa e anunciar apoio à sua eventual candidatura.
Aliás, até mais. Mesmo depois do senador Zé Maranhão, num certo momento das conversações deste sábado tocadas pelo senador Cássio Cunha Lima, ter aceitado sentar para dialogar com Luciano uma alternativa para unificar as oposições, e poderiam até ser em torno dele. Não houve jeito. Luciano estava determinado. Sua opção, exposta a todos os atores foi de apresentar a candidatura do irmão, Lucélio, para a disputa ao Governo.
Houve reações. Algumas lideranças entenderam que a Paraíba não iria compreender a cessão do Governo e da maior prefeitura a dois irmãos. Seria, na ótica deles, muito poder concentrado nos dois. O clima ficou hostil. Assessores de Cartaxo chegaram a afirmar que, se as oposições não aceitassem, Lucélio poderia ser o candidato ao Senado na chapa de João Azevedo. O que fez o clima azedar ainda mais.
E ainda havia o fator Manuel Júnior. O vice-prefeito, como se sabe, terminou amargando o maior prejuízo dentre todos. Sua esperança era assumir a Prefeitura. Ele chegou a se indispor com Maranhão e até mudou de partido, para se adequar a essa possibilidade. Ao final, restou, na oposição, a sensação de que é preciso uma reparação, que seria sua participação na chapa majoritária. Manuel Júnior já afirmou que é candidato a governador. E espera o apoio de Luciano, que aposta em Lucélio.
No reino da indefinição, as oposições devem voltar a dialogar ao longo da semana, e é improvável que, antes da próxima sexta, 13 (que coincidência!), haja uma definição.