A insistência de Lígia em ser candidata da “continuidade” após ser defenestrada pelo governador
É de fato notável o esforço que a vice-governadora Lígia Feliciano vem fazendo para convencer a população de ser uma pré-candidata ao Governo do Estado, dentro de um projeto de “continuidade”. Não é uma tarefa fácil. Por uma razão simples: o eleitor já identificou no ex-secretário João Azevedo como esse pré-candidato da continuidade do atual Governo.
Então a lógica é simples: por que os eleitores do governador iriam trocar a candidatura de Azevedo pela de Lígia, quando o próprio Ricardo Coutinho já defenestrou sua vice? Numa Paraíba que vem dividida entre os dois cordões azul e encarnado, ou Governo e oposição, desde sempre, como compatibilizar essa lógica de Lígia, que não seria a rigor nem mesmo como uma terceira via?
Lígia (ou, na verdade, Damião) Feliciano talvez esteja apostando que a candidatura de Azevedo não irá decolar e o governador, num esforço desesperado para salvar seu “projeto”, poderá se voltar para a candidata do PDT, como uma tábua de salvação. É uma possibilidade. Remota, convenhamos.
Enquanto isso, tenta mostrar a sua viabilidade eleitoral, reunindo seus militantes, muitos deles perseguidos pelo atual Governo, do qual defende a continuidade.