Decisão da Justiça suspendendo adesão do PT ao PP compromete coligação
É improvável que a liminar do juiz Valério Porto (5ª Vara Civil de Campina Grande) tenha longevidade. Mas, sua decisão de suspender a aliança do PT com PP, mas, no mínimo, pôs água no chope da coligação liderada pela candidata Daniela Ribeiro.
Poucos momentos depois, o presidente estadual do PT, Rodrigo Soares, já dava ciência de um recurso para derrubar a liminar, alegando que a decisão que celebrou a aliança foi de economia interna do partido. A Justiça deve julgar o caso nas próximas horas.
A outra ala do PT, liderada pelo presidente suspenso Alexandre Almeida, porém, entende diferente: “A decisão de coligar com o PP feriu o Regimento Interno do partido, ao atropelar várias fases necessárias ao rito de escolha de candidato.”
Ainda segundo Almeida, “também não se respeitou os prazos nem seguiram o que manda o Estatuto em diversos pontos.” Outro ponto foi o fato da reunião ter sido convocado para escolher o candidato, entre três pretendentes e terminou deliberado pela coligação com o PP.
O petistas pró PP agora correm contra o tempo, porque certamente não haverá mais tempo de convocar outra plenária para deliberar pela aliança. A liminar do juiz Valério Porto se baseou em ação impetrada pelos petistas Gustavo Pontinelli e Charles Moura de Paiva.