Maranhão nega acusação de Lira envolvendo filha: “É armação. É Desespero porque sabe que não será candidato”
As últimas hora têm sido marcadas por um embate incomum entre os senadores Zé Maranhão e Raimundo Lira que, se iniciou com uma troca de farpas, terminou por ganhar uma dimensão inesperada. Começou quando Maranhão lamentou a forma como Raimundo Lira deixou o MDB para se filiar ao PSD, sem dar qualquer explicação ao partido, e chegou a considerar a atitude como uma traição.
No momento seguinte, Lira deixou a seara política e atacou pessoalmente Maranhão, acusando o emedebista de ter imposto a nomeação de uma filha sua no gabinete do então senador Vital Filho, onde, segundo afirmou, ela ganhava sem trabalhar, entre 2011 e 2014. Falou até que ela teria recebido cerca de R$ 700 mil. Ou seja, o embate que deveria se manter na seara política, extrapolou para o pessoal.
Maranhão reagiu com perplexidade, considerando que, segundo ele, sua filha, de fato foi nomeada pelo então senador Vital Filho, mas, durante o tempo em que morou em Brasília “trabalhou efetivamente no gabinete, como atesta o registro de ponto eletrônico e, quando retornou a João Pessoa, passou a dar expediente no escritório de representação de Vitalzinho na Paraíba, conforme a lista de frequência”.
Ainda segundo Maranhão, quando Raimundo Lira, que era suplente, assumiu o Senado, com a saída de Vitalzinho, que foi nomeado ministro do Tribunal de Contas da União, “minha filha pediu demissão, até porque tinha passado no vestibular de Medicina e precisava se dedicar aos estudos, então não procede essa informação de que ela ganhava sem trabalhar, trata-se de uma armação de Lira”.
Maranhão acredita que o ataque desferido por Raimundo Lira “só pode ser desespero de quem sabe que não será candidato à reeleição, porque não consegue emplacar nas pesquisas e, em algum momento, ele certamente irá desistir, como, aliás, já ocorreu outras vezes”.