Desistência de Kumamoto empobrece processo eleitoral
Já era de certo modo esperada, além de muito especulada, a retirada da candidatura do médico Ítalo Kumamoto. Estava claro, desde o início dessa pré-temporada eleitoral, que seu partido, o PSC, não trabalhava seriamente com um projeto de candidatura própria a prefeito.
A impressão, desde o início, era que seu partido daria uma chance para seu crescimento nas pesquisas realizadas. Na medida em que esse crescimento não veio, conforme o esperado, instalou a pressão para sua desistência e adesão a um candidato mais competitivo.
Foi o que efetivamente ocorreu. Mas, deixou o processo eleitoral mais pobre. Kumamoto seria um candidato de qualidade. Com uma biografia limpa, o médico demonstrou, desde os primeiros momentos, sua capacidade e especialmente um elenco importante de propostas, sobretudo para uma área tão carente, como a saúde.
O jogo bruto da política costuma fazer vítimas. É possível que o próprio Ítalo já esperasse por esse desfecho, conhecendo as regras que marcam o comportamento das legendas nas eleições. Caso se decide a disputar a vereança, Ítalo poderá enriquecer muito a Câmara de João Pessoa.
Por outro lado, a indicação do ex-senador Marcondes Gadelha como eventual candidato a vice poderá turbinar, significativamente, qualquer das chapas que irão para a disputa das urnas de outubro.