MISOGINIA Sindicato decide processar apresentar de TV por ofensas às mulheres
O Sindicato dos Jornalistas do Estado da Paraíba decidiu acionar judicialmente o apresentador Sikêra Júnior, da TV Arapuan, por conta de suas declarações ofensivas às mulheres, em especial à jornalista Kalyne Lima, sua vítima mais recente. Seu ataque tem repercutido intensamente nas redes sociais, com repúdio generalizado dos profissionais de Imprensa.
“Ficamos à vontade, seguindo o conselho do apresentador em questão, para anunciar que vamos processá-lo. Não será perda de tempo e nem de dinheiro, mas uma forma de expressar nosso respeito às mulheres e nosso engajamento concreto na busca por uma sociedade igualitária e respeitosa”, diz o Sindicato.
CONFIRA A ÍNTEGRA DA NOTA…
“O futuro é das mulheres”. Mais do que uma frase numa camiseta ou um slogan para uma livraria feminista nos anos 70, essa mensagem é o que acreditamos haver de mais genuíno e justo para nossa sociedade. Mas, o que virá depende de nossas atitudes hoje. E, sem se furtar à luta, como nunca fizemos, os diretores do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado da Paraíba vêm a público para repudiar com veemência o comportamento do apresentador Sikêra Júnior, da TV Arapuan.
Ao tomarmos conhecimento de seu infeliz comentário sobre as mulheres, atrelando o fato de não pintar as unhas à falta de higiene feminina, ponderamos que seria de bom tom aguardar por uma retratação do apresentador. Prova de nossa cautela foi o contato feito na quarta-feira, 6, com um interlocutor na própria empresa em que Sikêra trabalha no sentido de aconselha-lo a retirar a ofensa.
Sikêra não apenas manteve o teor inadequado, conservador e misógino de seu comentário, como passou a atacar uma mulher de fibra e talento que “ousou” repreendê-lo.
Em nome de Kalyne Lima, jornalista e companheira de militância nos movimentos sociais, nos solidarizamos a todas as mulheres paraibanas, brasileiras e do mundo todo.
Ficamos à vontade, seguindo o conselho do apresentador em questão, para anunciar que vamos processá-lo. Não será perda de tempo e nem de dinheiro, mas uma forma de expressar nosso respeito às mulheres e nosso engajamento concreto na busca por uma sociedade igualitária e respeitosa.”