REBELIÃO NO PP Clã Ribeiro avança para apoiar Azevedo mas militância deve apoiar outro candidato
Quando convidou a vereadora Eliza Virginia, o ex-procurador Eitel Santiago e o ex-deputado Domiciano Cabral para ingressarem no partido, a direção do PP não sinalizou que poderia se aliar ao governador Ricardo Coutinho. Afinal, durante oito anos foi oposição. Pior: os militantes não foram sequer consultados sobre os recentes entendimentos entre a deputada Daniella Ribeiro e o governador.
Por isso, toda a rebelião que está ocorrendo nos intestinos da legenda. E o partido está dividido. A cúpula familiar dos deputados Aguinaldo e Daniella e do vice-prefeito Enivaldo Ribeiro, ruma para fechar com o PSB do governador, mas a militância da base rema, abertamente, em outras direções. Falam em 15 milhões de razões para aderir à candidatura de João Azevedo.
Como a decisão de fechar alianças é uma assembleia familiar, não é impossível que o clã Ribeiro acerte com um agrupamento político, mas seja obrigado a liberar a militância do partido para seguir com outros candidatos. Para o comando partidário, pelo visto, mais vale 15 milhões de motivos de razões nas mãos, do que alguns filiados voando…
Encontro – A reação da militância obrigou, inclusive, o partido a mudar a divulgação da pauta da reunião entre Daniella e o governador, nessa terça (dia 3). No fim, a mídia oficial e os seguidores do clã Ribeiro divulgaram que o encontro foi para discutir sobre (in)segurança na Paraíba. Um tema, convenhamos, pelo qual o governador tem 15 milhões de razões para não discutir.
Desencontro – Horas após o encontro com o governador, e diante de toda reação, a deputada assegurou a militantes anti-governistas que o partido ainda não tomou a decisão sobre quem irá apoiar. Seguiria dividido entre apoiar Zé Maranhão (MDB), Lucélio Cartaxo (PV) ou João Azevedo (PSB).