Coronel rebate deputado que defendeu avanço na MP 271: “Quero saber se pra aposentar ele aceita morrer ou ficar inválido”
O clima segue pesado nos quartéis, após a edição da Medida Provisória 271, pelo governador Ricardo Coutinho, que, após decisão judicial, foi obrigado a estender a bolsa desempenho para os inativos, mas impôs a obrigatoriedade do PM ficar inválido, algo que revoltou a tropa. Segundo as entidades representativas da PM, “não passou uma manobra do governador para constranger a Polícia Militar”.
E sobrou também para o deputado Trócolli Júnior, que foi um dos articuladores da edição da MP 271. Trócolli se defendeu, afirmando que, na verdade, “a MP 271 foi um avanço”, alegando que poderia, com outra redação, ser pior para a corporação, por isso ele teria participado da articulação para melhorar o texto. Foi rebatido pelo coronel Jarlon, uma das vozes mais ouvidas nos quartéis.
Jarlon foi duro: “Gostaria de saber se o deputado Trócolli, para ter direito a uma aposentadoria na Assembleia Legislativa, fosse preciso ficar inválido ou morrer se ele queria. Senhor deputado, nós queremos ir para Reserva Remunerada com saúde e não inválidos, nossas famílias precisam de nossas presenças físicas e juntos aproveitarmos a vida.”
E arrematou: “Já que essa MP 271 é um avanço para o deputado Trócolli, que ela seja implantada como pré-requisito para a aposentadoria dos parlamentares da Paraíba.”