Capitulação de Feliciano não foi de coração pra coração, foi no fígado mesmo
A vice-governadora Lígia Feliciano fez até curso na Universidade Harvard (pelo menos foi o que se divulgou) para ser… vice novamente! O desfecho desse melodrama poderia ter sido menos hilariante, se Lígia e Damião não tivessem se afastado, politicamente, do governador Ricardo Coutinho. E também não tivessem sido vítimas de ataques pesados de sua excelência. Algo que beirou à desmoralização.
Não foram poucas as declarações ofensivas do governador contra Lígia. E não apenas do governador, também o pré-candidato João Azevedo. Foi um processo de humilhação pública. Também não foram poucos os redutos eleitorais que o governador tirou de Damião a fórceps. Um deles, a prefeita cassada Eunice Pessoa (Mamanguape). Tudo amplamente documentado pela mídia livre.
Afora, o nebuloso episódio envolvendo um filho do casal, numa história policial escabrosa, que provocou asco em muita gente, dada toda a perversidade envolvida. Tudo passou para o escaninho do esquecimento. O que fica valendo, então, são as declarações do governador, indicando haver um figurão entre os envolvidos no crime do radialista Ivanildo. Não contestadas, aliás. E o nome do tal figurão jamais revelado.
Motivada pela ira, a família abriu negociações com as oposições. Lígia e Damião negociaram com Zé Maranhão, alimentaram o pré-candidato do MDB com esperanças de uma aliança. Também negociaram com o pré-candidato Lucélio. Damião chegou a bater fotografias, trocando juras ao ouvido do prefeito Luciano Cartaxo. E a pergunta que fica é: precisava disso? Não era melhor terem ficado juntos desde o começo?
Resumo da ópera: Lígia e Damião protagonizaram um espetáculo circense de humilhação pública como poucas vezes se viu na Paraíba. Não foi de coração pra coração, foi no fígado mesmo!