MAIS UM DA OPOSIÇÃO Justiça determina afastamento do prefeito de Patos
Primeiro foi o ex-prefeito Berg Lima, então veio o prefeito (afastado) Leto Vianna, depois a ex-prefeita Tatiana Correia e, na tarde desta terça (dia 14), o prefeito Dinaldinho (Patos). Todos atingidos por um tsunami que vem, especialmente, do Ministério Público do Estado. Com coincidência, é claro, mas apenas uma mera coincidência, de serem todos desafetos do governador Ricardo Coutinho.
Com o detalhe de algumas dessas turbulências ocorrerem já sob os auspícios do processo eleitoral. Mera coincidência como se disse. De qualquer forma, o fato é que não se deve concordar, sob qualquer pretexto, com o cometimento de crimes, e o Ministério Público, até prova em contrário, tem feito seu trabalho de forma isenta. Apesar de não ter dado, até o momento, respostas ao Caso Bruno Ernesto, por exemplo, ou o Caso Propinoduto.
Fica o registro apenas a título de reflexão.
Cidade Luz – Na tarde desta terça, o Ministério Público denunciou 13 investigados na Operação Cidade Luz, entre eles o prefeito Dinaldinho. Todos foram processados por crimes de organização criminosa, corrupção ativa e passiva, desvio de recursos públicos, fraude em licitação e lavagem de capitais. O afastamento do prefeito foi arbitrado pelo juiz convocado Carlos Eduardo Leite Lisboa, atendendo pedido do MPPB.
A denúncia protocolada no Tribunal de Justiça detalha a atuação do suposto esquema criminoso, que se dividia em quatro núcleos: político, econômico, setor de licitações e lavagem de capitais. Assinam o documento o procurador-geral de Justiça em substituição, Alcides Orlando de Moura Jansen, além dos promotores de Justiça, Alberto Vinícius Cartaxo da Cunha (Patrimônio Público de Patos), e Romualdo Tadeu de Araújo Dias e Rafael Lima Linhares, do Gaeco (Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado), do Ministério Público da Paraíba.
Esquema – A investigação mostrou que, em 10 meses, a organização criminosa obteve um enriquecimento ilícito de mais de R$ 739 mil, desviados de contratos firmados com a Prefeitura de Patos, no montante de R$ 1,3 milhão. O Ministério Público apurou que, no período anterior às eleições de 2016, o então candidato Dinaldinho organizou o esquema para o recebimento de vantagens ilícitas pagas pelas empresas Enertec e Real Energy, com as quais a Prefeitura de Patos manteve contrato de iluminação pública, a partir do ano seguinte.
De acordo com a denúncia formalizada, o núcleo político era formado pelo prefeito, Múcio Sátyro Filho, Gustavo Guedes Wanderley, Felipe Moreira Cartaxo de Sá e Jardelson Pereira Medeiros.