MISTÉRIO Como é que o Governo gasta mais de R$ 100 mil por mês com alimentos e material de limpeza na Granja?
O detalhe, meu caro Paiakan, é a falta de explicação convincente do governador Ricardo Coutinho em relação aos gastos na Granja Santana, que, no espaço de um ano, atingiram R$ 1,3 milhão, com a compra de alimentos e produtos de limpeza. O que dá cerca de R$ 100 mil por mês. Os dados foram extraídos do sistema Sagres, do Tribunal de Contas do Estado, e publicados pelo Correio da Paraíba.
Com esse dinheiro seria possível comprar mais de quatro mil cestas básicas, conforme declaração de deputados de oposição na Assembleia. Segundo Tovar Correia Lima, “essa gastança passou de todos os limites, e o governador se acha na condição de não dar qualquer satisfação ao cidadão, que já paga uma das mais elevadas cargas tributárias do País, agora sabemos pra onde está indo toda essa dinheirama”.
Após a publicação, o governador, em vez de esclarecer os gastos, chegou a ironizar o jornal: “Estamos em uma campanha, e o dono desse jornal tem como candidato de seu coração o irmão do prefeito da Capital. O jornal tentou apenas reoxigenar uma pré-candidatura que vem enfrentando problemas.” E afirmou que, se revolvesse o problema da Paraíba diminuindo gastos na Granja, ele teria feito.
Isto É – O escândalo da gastança na Granja não é de hoje. Em 2013, a Revista Isto trouxe: “Um relatório do Tribunal de Contas, obtido por Isto É, revela que as festas promovidas na Granja Santana – como é chamada a residência onde moram o governador e a primeira-dama – consumiram 17,4 toneladas de carnes, peixes e frutos do mar, só no ano de 2011.”
Dizia ainda: “Na mesma prestação de contas, que o órgão de fiscalização classificou como um dos inúmeros “exageros de gastos”, havia uma nota registrando a compra de 60 quilos de lagosta. Além das despesas com comida, os auditores descobriram que até o enxoval do bebê foi pago pelo contribuinte.”
E mais: “O governador não mexeu no próprio bolso nem mesmo para comprar os móveis para o quarto do filho ou as bolsas para carregar mamadeiras. A quantidade de farinha láctea adquirida para a criança também espantou o tribunal: foram 460 latas apenas entre os dias 21 de novembro e 13 de dezembro de 2011.” O escândalo também foi registrado pelo jornal Folha de São Paulo.
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