Justiça Eleitoral em alerta com a temporada de pesquisas fake
E quando a pesquisa é fake, meu caro Paiakan? Normalmente quando tenta ludibriar o cidadão, o eleitor, visando, obviamente, turbinar uma candidatura que não tem muita musculatura. Então, a primeira característica de uma pesquisa fake é aquele em que, claramente, os números brigam com a realidade. Mostra um cenário de ficção que causa perplexidade. Porque flagrantemente falsa.
Um dos exemplos mais recentes foi uma certa pesquisa publicada, com toda pirotecnia, às vésperas das eleições municipais de 2016, aqui mesmo em João Pessoa, que dava a candidata Cida Ramos num eventual segundo turno contra Luciano Cartaxo. Mal sabiam os aprendizes de feiticeiros que nem haveria segundo turno. Cartaxo venceu a candidata do governador Ricardo Coutinho ainda no primeiro turno. Foi uma desmoralização.
E também chama atenção quando a pesquisa surge assim do nada, órfã, sem pai, nem mãe. Não existe pesquisa sem alguém que encomendou, como você bem sabe, meu caro Paiakan. Jabuti não sobre em árvore. Pesquisa de graça? Em tempo de eleição? Tempo em que ganham mais dinheiro? Empresa de pesquisa vive de pesquisa, claro, como uma concessionária de veículos vive de vender veículos. Ninguém vê concessionária dando veículos. O eleitor tem cem mil motivos pra desconfiar.
Assim, o cidadão deve ficar muito alerta com essas artimanhas de (falsos) marqueteiros, tentando iludir o eleitor, forçando uma realidade inexistente. E, mais do que cidadão, quem deve estar mais atenta é a Justiça Eleitoral, inclusive por dever de ofício. Até onde a vista alcança, meu caro Paiakan, a legislação considera crime tentar enganar o cidadão, assim à luz do dia, com toda a desfaçatez.
O Blog foi informado que fiscais da Justiça Eleitoral na Paraíba já começaram a agir. E, se procurar, acha.