Maranhão reinventa-se, supera reveses de 2010 e 2012 e marcha firme para o 2º turno
A impressão é que o senador Zé Maranhão soube se reinventar, após os reveses eleitores sofridos em 2010, quando perdeu a disputa ao governo do Estado para Ricardo Coutinho, mesmo estando no poder e tendo largado com uma confortável margem sobre o adversário. Algo similar ocorreu na disputa pela prefeitura de João Pessoa, em 2012, quando partiu à frente e sequer foi para o segundo turno.
Quem acompanha o desempenho de Maranhão na atual eleição, há de se perguntar o que mudou com o candidato. O senador, aparentemente, reinventou-se para enfrentar nova travessia eleitoral. Mas, o que, afinal, explicaria sua performance atual, apesar de ter uma coligação diminuta, uma chapa sem dois candidatos ao Senado e, obviamente, em desigualdade financeira contra outros postulantes?
É possível que o eleitor tenha identificado em Zé um político com mais de 60 anos de vida pública sem máculas. Um sujeito ficha limpa. Além do mais, ele tem se apresentado com uma credibilidade que os demais têm dificuldade de ostentar, porque pode mostrar um portfólio de obras e ações de seus governos anteriores. E, num comparativo, com o atual governador Ricardo Coutinho, é notória a vantagem.
Este rápido comparativo mostra as gestões de Maranhão muito mais operosas. Com mais obras, por exemplo. Um governo com resultados superiores ao atual, em áreas como Segurança (não há nem termo de comparação), em Educação, Saúde e Geração de Empregos. Quando o eleitor faz essa comparação, numa eleição que é nitidamente plebiscitária, então a balança, aparentemente, favorece Zé.
Por fim, temos este ano uma eleição de tiro curto. Se em disputas anteriores, havia tempo para adversários desconstruírem Maranhão, na atual, o tempo é muito exíguo. Ainda mais que, até um dia desses Zé era claramente poupado pelos competidores. Então, fica mais difícil, a esta altura do campeonato, mudar o discurso, ante a visível percepção de que o emedebista lidera todas as pesquisas e se mantém consolidado.
Então, correndo livre na disputa, Zé termina recebendo, praticamente todos os dias, novas adesões de lideranças políticas desencantadas com seus candidatos. E, claro, atraídas pelos números favoráveis das pesquisas. Resultado: dificilmente não estará no segundo turno. E, estando lá, será um adversário ainda mais difícil de ser batido.