O atentado a Bolsonaro e o irracionalismo selvagem dos radicais. Dos dois lados
Os últimos dias, desde o atentado ao deputado Jair Bolsonaro, têm sido marcado em redes sociais por uma onda de histeria, de todos os lados. Entre alguns seguidores mais radicais do candidato do PSL, a narrativa é que a facada desferida por Adélio Bispo de Oliveira havia sido uma conspiração comandada por partidos de esquerda, com apoio de uma quadrilha organizada, para tirar o deputado da disputa e que agora “é guerra”…
De outro, militantes e líderes da esquerda insinuaram que o atentado havia sido “encomendado” pelo próprio candidato, para tentar definir as eleições num clima de comoção. E houve ainda quem acusasse Bolsonaro de ser vítima da violência que teria andado disseminando. Num e noutro caso, percebe-se como o irracionalismo tomou conta do cenário da disputa. Somente imbecis radicais, de um lado e de outro, esposam tais ideias.
É notório como o discurso do deputado é, digamos, explosivo. Radical. E, certamente, causa mal-estar em adversários. Ele ataca ferozmente o politicamente correto, desde sempre. É sua bandeira. Mas, é tão simples reagir ao que não agrada: basta votar contra. É assim que se faz na democracia. Não se combate palavras, ainda que sejam de ódios, com facas. Tentativa de matar um adversário é ato medieval.
Com reações odientas, o País caminha perigosamente para uma encruzilhada de terror, numa eleição que já iniciou indefinida e que não pode ser definida pela selvageria. O momento é de pacificação, não de bestialidade. Na democracia, o que prevalece é a convivência pacífica dos contrários. A diferenças devem ser sempre respeitadas. Nunca resolvidas com banho de sangue.