Deputado eleito acusa RC de operar “máquina do governo para não só oprimir e perseguir os servidores assim como desafetos”
Pelo que se viu, nos últimos dias, o ainda governador Ricardo Coutinho não terá mais a oposição de adversários tradicionais. Quem, pelo visto, está assumindo esse papel, pelo menos na seara política, não é Zé Maranhão, Cássio Cunha Lima ou Luciano Cartaxo, derrotados por RC nas urnas de 7 de outubro, mas o deputado eleito Julian Lemos (PSL).
Depois que o ainda governador abriu baterias contra eleitores de Jair Bolsonaro na Paraíba, Julian publicou em redes sociais a primeira denúncia aberta contra ele: “Um governador que opera a máquina do governo para não só oprimir e perseguir os servidores assim como desafetos, agora despreza uma massa que vota em Jair Bolsonaro.” Uso da máquina.
E é curioso porque nenhuma das grandes lideranças, supostamente de oposição, levantou essa questão do uso da máquina pelo ainda governador, nessas eleições. Tudo bem, a eleição de João Azevedo se mostra inquestionável, mas isso não parece ser o salvo conduto para esquecer eventuais manipulações de instrumentos da máquina pública em seu favor.
Em 2014, por exemplo, foram mais de dez ações de investigações de uso da máquina, na reeleição de sua excelência. Uma delas, o Tribunal Regional Eleitoral sequer encontrou tempo e pauta para julgar, como é o caso da AIJE do Empreender. Mas, os indícios são tão evidentes que até mesmo aliados próximos sabem que um eventual julgamento poderia ser devastador.
Então, que fez supostamente uso em 2014, provavelmente não resistiria em repetir o feito em 2018.