EM CAMPANHA Governo quer ser ministro de Haddad, Romero assume Bolsonaro e Cartaxo libera PV
Três das principais lideranças políticas do Estado estão com posições diferentes na disputa eleitoral, na Paraíba. Como haverá segundo turno apenas para presidente, as diferenças se fixam em torno dos candidatos Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT). E há muito em jogo, para a sequência do campeonato.
O governador Ricardo Coutinho, que também está em campanha para ser ministro (num eventual governo petista), assumiu a bandeira de Fernando Haddad. Aliás, parece ser também uma luta pela sobrevivência política. Um revés poderá trazer imensas dificuldades para o ainda governador, especialmente diante das muitas ações judiciais que responde. Muitas em Brasília.
O prefeito Romero Rodrigues arregaçou as mangas e faz campanha aberta para Jair Bolsonaro, em Campina Grande, até porque, não se pode esquecer, seu irmão, Moacir Rodrigues, foi eleito deputado estadual pelo PSL. Nas últimas horas, Romero realizou campanha de rua ao lado do deputado eleito Julian Lemos, o porta-voz mais efetivo de Bolsonaro na Paraíba.
Já o prefeito Luciano Cartaxo (e também Lucélio) preferiu assumir uma postura de maior neutralidade, liberando a militância do PV para votar de acordo com a decisão de cada um. Cartaxo, aparentemente, se volta com mais afinco para a sua gestão, após o resultado desfavorável das urnas. Sabe que precisará construir uma alternativa para 2020 na sua sucessão e o tempo é exíguo.
Os senadores Cássio Cunha Lima, não reeleito, e Zé Maranhão, derrota na disputa ao governo do Estado, aparentemente não demonstram apetite na disputa presidencial. Ainda no primeiro turno, Cássio sinalizou vagamente apoio a Bolsonaro. No segundo turno, se mantém em silêncio. Maranhão liberou a militância do MDB, mas, ainda no primeiro turno antecipou que votaria em Bolsonaro.
Por fim, o senador Raimundo Lira, que não disputou a eleição, já manifestou sua posição pró-Bolsonaro.