As fake news e a Igreja, confira com Palmarí de Lucena
O escritor Palmarí de Lucena, em sua mais recente crônica, aborda um dos temas mais atuais: as fake news, as tais notícias falsas, que dominaram a cena nestas eleições. Palmarí também traça a relação das fake news com a Igreja. “Insólito, alienador, as vezes sinistro, estamos diante do fenômeno “filtro bolha”, este mundo que existe e se chama internet, um fator determinante em um segundo turno que promete ser acirrado”.
Confira a íntegra de seu comentário “Fake news e a Igreja”:
Vivemos em um mundo onde pessoas formam ou pertencem a grupos de pares onde todos à sua volta discutem os mesmos assuntos, expressam ou reforçam as mesmas opiniões e concordam entre elas sobre os mesmos temas através das redes sociais. Insólito, alienador, as vezes sinistro, estamos diante do fenômeno “filtro bolha”, este mundo que existe e se chama internet, um fator determinante em um segundo turno que promete ser acirrado. Agravado pelo compartilhamento indiscriminado de fake news, possibilitado pelo déficit educacional brasileiro e partidarismo antidemocrático.
De particular relevância são as fake news atribuindo pronunciamos ou posições partidárias aos padres Marcelo Rossi e Fabio de Melo, da Conferência Nacional de Bispos do Brasil e até mesmo do próprio Papa Francisco. É nossa obrigação disseminar posições verdadeiras da Igreja Católica e denunciar fake news atribuídas a religiosos.
A CNBB sobre as “Eleições 2018 reforça, “[…] nas eleições não se deve abrir mão de princípios éticos e de dispositivos legais, como o valor e a importância do voto, embora este não esgote o exercício da cidadania; o compromisso de acompanhar os eleitos e participar efetivamente da construção de um país justo, ético e igualitário […] Não merecem ser eleitos ou reeleitos candidatos que se rendem a uma economia que coloca o lucro acima de tudo e não assumem o bem comum como sua meta […].”
A Conferência dos Religiosos do Brasil nos alerta, “[…] não podemos votar em candidatos que pregam abertamente a violência, como solução para a segurança pública. E não faz parte de nossas escolhas apoiar aqueles que, sem nenhum pudor, discriminam as mulheres, os afrodescendentes, os indígenas, os pobres e as crianças.”
Devemos, portanto, verificar informações antes de compartilha-las nas redes sociais, principalmente aquelas com conteúdo de guerra cultural ou que servem de vetores de inimizades ou animosidade entre familiares, amigos e colegas de trabalho. Guarda a tua língua do mal e os teus lábios, de falarem enganosamente. Salmo 34:13.