Refrega entre Ricardo Barbosa e Estela parece sinalizar uma fratura mais em cima
Não é de hoje que os deputados Ricardo Barbosa e Estela Bezerra se batem na Assembleia. Há um antecedente de vários embates no prontuário. Mas, o último deles, quando a deputada acusou que a disputa pela presidência da Assembleia atropelando o regimento da Assembleia, parece sinalizar uma fissura que atinge mais em cima.
Ora, por atropelar a disputa leia-se a consolidação da candidatura de Adriano Galdino, que conseguiu um número confortável de apoios e tem Barbosa como um dos avalistas. Pelo acordo, Ricardo será candidato à sucessão de Galdino em 2021. Com o apoio do grupo que ora apoia Galdino. Mas, Estela, aparentemente, não reza pela mesma cartilha.
Ricardo Barbosa ficou extremamente melindrado com as declarações de Estela e chegou a desafiar sua colega de PSB a provar que o regimento da Casa havia sido ferido com a antecipação do processo de eleição da Mesa Diretora que, pelo calendário, irá ocorrer em 2019. Segundo Barbosa, o debate sobre a disputa está previsto no regimento: “Não há nada de errado.”
O detalhe é que Estela estaria repercutindo o pensamento do ainda governador Ricardo Coutinho. Esse é o ponto. Seria, inclusive, esse o motivo do governador eleito João Azevedo ainda não ter batido o martelo em torno de Galdino, apesar de ter sinalizado, lá atrás, que o deputado que conseguisse o número necessário apoios na bancada governista teria o seu endosso. E Galdino conseguiu.
O ainda governador não teria ficado muito feliz com o arranjo em torno de Galdino. Preferiria a própria Estela ou Cida Ramos no comando da Assembleia, em vez de Ricardo Barbosa. Significa que ainda podem surgir novidades na disputa. Aparentemente, Estela e Barbosa assumiram posições contrárias, especialmente em relação a João Azevedo. Esse seria o detalha mais relevante. A conferir.
Não se pode perder de vista que, durante a campanha, Ricardo Barbosa chegou próximo de um rompimento com seu grupo, após ser boicotado em alguns redutos eleitorais. Até conversou com o senador Zé Maranhão e Lucélio Cartaxo e, no final, foi convencido a permanecer onde estava. Mas, restaram sequelas.