Márcio Murilo é eleito presidente do TJ e deve conduzir Corte com gestão mais técnica e menos política
A eleição do desembargador Márcio Murilo da Cunha Ramos para a presidência do Tribunal de Justiça da Paraíba parece encerrar o ciclo de turbulências que vinha marcando a Corte, até o último pleito, quando o desembargador Joás de Brito Pereira assumiu. Joás, que iniciou sob disputa acirrada, terminou por pacificar o TJ, que chegou à eleição desta quarta (dia 14) num clima de aparente tranquilidade.
Havia dez magistrados disputando a presidência e, na votação secreta, Márcio Murilo obteve 14 (dos 19) votos do Tribunal, contra cinco sufrágios em branco. Foram eleitos também os desembargadores Arnóbio Alves Teodósio, como vice-presidente (obteve 11 votos), e Romero Marcelo da Fonseca Oliveira como corregedor. Os novos dirigentes assumem para o mandato de dois anos.
Perfil – Márcio Murilo nasceu em Serraria, no Brejo paraibano, em 1961. É filho do desembargador aposentado Miguel Levino e da professora Olga da Cunha Ramos. É também irmão do desembargador Abraham Lincoln e do juiz de Direito Wolfram da Cunha Ramos. Mário é formado em Direito pela UFPB (1982) e tem doutorado pela Universidade Museu da Argentina.
Entrou por concurso no Judiciário em 1987. Em 17 de novembro de 2005 foi escolhido à unanimidade novo desembargador do TJPB pelo critério de merecimento, após trabalhar em várias comarcas do Estado. Pelo seu estilo, Márcio Murilo deve conduzir um Tribunal sem política, como, aliás, já vinha sinalizando Joás em sua gestão.